Não classifique as pessoas como amigas ou inimigas

São muitas as situações em que não conseguimos perceber os outros corretamente. Às vezes, vemos as pessoas de modo incorreto porque nossa percepção com frequência se baseia em ideias preconcebidas.

Um preconceito muito comum é ver o outro como amigo ou inimigo. Ao olhar para as pessoas, costumamos dividi-las em dois grupos, com base no fato de serem nossas amigas ou inimigas. Depois, passamos a atormentar as que rotulamos como inimigas; em contrapartida, ficamos próximos e convivemos com as que consideramos como amigas. Ao classificar uma pessoa como amiga ou inimiga, a primeira coisa que costumamos levar em conta é se essa pessoa irá nos beneficiar ou não.

É comum julgar como inimigas também as pessoas que são próximas àquelas que já rotulamos previamente como inimigas. E então evitamos passar-lhes informações ou fazemos comentários negativos a respeito delas ou tentamos derrubá-las. É muito importante evitar esse tipo de pensamento que divide as pessoas em amigas ou inimigas, pois é aí que o equívoco começa.

Dzyon_Post_RH_Amizade_rev1-05

Quando alguém decide classificar uma pessoa como inimiga ou alguém que lhe é prejudicial, é raro que mude de ideia. Mas eu gostaria de sugerir: “Espere um pouco. Não se precipite em tomar essa decisão”.

Existe sempre uma razão ou antecedente que explica por que uma pessoa age de certa maneira ou assume determinada posição. É inadequado considerar uma pessoa como amiga ou inimiga sem compreender seus antecedentes. Mesmo que alguém lhe dê a impressão de que vai lhe causar problemas, você precisa tentar descobrir por que a pessoa está agindo daquele jeito.

Muitas vezes, essas pessoas são, na verdade, como um professor disfarçado, ou podem ainda ser um reflexo de sua própria mente. Se você acha que alguém é incompetente, essa pessoa reagirá a esse pensamento. No entanto, se você pensa: “Ela é uma pessoa muito eficiente”, ela irá pensar o mesmo a respeito de você.

A maioria de nós não é capaz de reconhecer de imediato todos os pontos positivos das outras pessoas. Portanto, devemos considerar as partes de uma pessoa que não conseguimos ver como áreas nebulosas e levar sempre em conta que pode haver várias possibilidades de interpretação.

(trecho extraído do livro Estou Bem!, de Ryuho Okawa)

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *